Uma paisagem a cada novo
olhar ou reflexão, pode apresentar cenários e dimensões diferentes. Trilhas
interpretativas em uma visão mais abrangente é a percepção, compreensão e
interpretação de elementos de um percurso, sejam eles de ordem biológica,
histórica, geográfica, antropóloga, cultural entre outros, de acordo com um
tema pré-determinado para atender as necessidades do público de interesse a ser
trabalhado. O objetivo geral de uma trilha é promover uma visita agradável, relaxante,
descontraída, informativa e enriquecedora, em que o grupo perca seus hábitos urbanos
e tenha um contato mais íntimo, havendo uma correlação intrínseca entre homem e
natureza.
A essência está em
aproveitar o caminho, ao invés de simplesmente chegar. Uma percepção ambiental do visitante é necessária
para um bom conhecimento do entorno, que se constituem de tradução da linguagem
da natureza por meio de uma gama de estímulos recebidos durante o trajeto, assim
uma interdisciplinaridade científica é extremamente necessária, senão obrigatória. Uma trilha pode ser puro encantamento, uma lição
de sabedoria, emoções e sentimentos e deve ser avaliada em todo o seu trajeto: rotas,
acessos, mirantes, placas informativas, estado de conservação e manutenção,
tendo em vista que a apreciação da área pelos visitantes está intimamente
ligada à escolha do lugar. Portanto, devem-se levar em considerações os segmentos,
de acordo com o IAPI (Indicadores de Atratividade de pontos Interpretativos): Levantamento
dos indicadores para a interpretação; levantamento de indicadores de atratividade,
elaboração de uma ficha de campo e seleção final. O percurso deve ser
envolvente e criativo dando um sentido especial às trilhas interpretativas sendo,
portanto, subsídios imprescindíveis à prática de educação ambiental. È um
recurso importante para conscientizar, sensibilizar e desenvolver atitudes e condutas
sob uma visão conservacionista buscando o resgate do significado da integração ambiental
mediante o conhecimento.
LEITE, Eugênio¹; BOTINHA,
Fabiana da Silva²; ALMEIDA, Fernanda
Cristina Medeiros de²; SOUZA, Gisele Rodrigues². Trilhas
Interpretativas como Atividade de Educação Ambiental. In: IV Semana do
Meio Ambiente, 2005, Betim. Anais... Meio Ambiente e Saúde, Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais, PUC Minas, 15 a 18 de julho de
2005, Betim.
¹Docente. ² Graduandos da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. (fasbbotinha@gmail.com.br)
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